terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vacinação VS Aplicação


Este artigo tem como objetivo levar aos leitores alguns esclarecimentos com relação a Vacinação que é um procedimento que visa provocar a fabricação de anticorpos e é chamada de imunização ativa que ocorre quando o próprio sistema imune do animal, ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T).

Já a Injeção é uma técnica para se introduzir líquidos no organismo por meio de uma seringa assim com a vacina (líquida). Tal técnica pode ser curativa, profilática ou paliativa e que pode conter medicamentos como antibióticos, antiinflamtórios, anti hemorrágicos, parasiticidas, etc. Na maioria das vezes a injeção não produz ou induz a produção de anticorpos.

Muitos clientes confudem a Vacinação ( V8, Anti-rábica, Triplíce Felina, Contra Pneumonia dos Cães, Contra Giardia, etc) com uma aplicação de algum medicamento e muitas vezes me perguntam:

 " Dr. ! Queria dar pro meu cão aquela VACINA que mata carrapato..." 

Alguns medicamentos como as ivermectinas a 1% são indicadas para o controle de parasitas internos e externos, porém não são vacinas e sim endectocidas injetavéis! Ou seja, o que o animal estará tomando será um medicamento.

Já VACINAS são medidas que visam previnir e proteger o animal de contrair determinada doença.

As vacinas (que o nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que, quando é injectado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano) são substâncias, como proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, desencadeando a produção de anticorpos que acabam por tornar o organismo imune ou, ao menos mais resistente, a esse agente (e às doenças por ele provocadas).
São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de toxinas, previamente enfraquecidos. Ao inserir no organismo esse tipo de substâncias, fazemos com que o corpo combata o agente levando à estimulando a síntese de anticorpos, que protegem o nosso organismo, além de desenvolver a chamada memória imunológica, tornando mais fácil o reconhecimento do agente patogênico em futuras infecções e aumentando a eficiência do sistema imune em combatê-lo. Quando o corpo é atacado por algum agente patogênico não chega a desenvolver a doença porque o organismo encontra-se protegido.
A descoberta da vacina deve-se às pesquisas de Louis Pasteur.




ESQUEMA DE VACINAÇÃO


É, sem dúvida, o cuidado mais importante tanto para o filhote como para o cão adulto. Os animais devem ser imunizados antes de começarem a freqüentar as ruas. Existem muitas doenças virais que podem acometer os cães e são causadoras de grande número de mortes, principalmente nos filhotes.
- 45 dias: vacina para filhotes (vacina específica para filhotes com menos de 60 dias)
- 60 dias: 1a. dose vacina múltipla* + vacina contra tosse dos canis (dose única, no caso da vacina intranasal; 2a. dose após 30 dias, no caso da vacina injetável)
- 90 dias: 2a. dose vacina múltipla
- 120 dias: 3a. dose vacina múltipla + anti-rábica
* (cinomose, hepatite, parvovirose, 2 tipos de leptospirose, coronavirose, parainfluenza, laringotraqueíte)
obs: não vacinar um animal com menos de 45 dias de idade. Os trabalhos científicos mostram que nessa idade, as vacinas são inativadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote. Se o filhote adquirido foi vacinado antes de 45 dias de idade, desconsidere essa vacina.
REFORÇO ANUAL DE TODAS AS VACINAS