terça-feira, 30 de novembro de 2010

Vacinação VS Aplicação


Este artigo tem como objetivo levar aos leitores alguns esclarecimentos com relação a Vacinação que é um procedimento que visa provocar a fabricação de anticorpos e é chamada de imunização ativa que ocorre quando o próprio sistema imune do animal, ao entrar em contato com uma substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T).

Já a Injeção é uma técnica para se introduzir líquidos no organismo por meio de uma seringa assim com a vacina (líquida). Tal técnica pode ser curativa, profilática ou paliativa e que pode conter medicamentos como antibióticos, antiinflamtórios, anti hemorrágicos, parasiticidas, etc. Na maioria das vezes a injeção não produz ou induz a produção de anticorpos.

Muitos clientes confudem a Vacinação ( V8, Anti-rábica, Triplíce Felina, Contra Pneumonia dos Cães, Contra Giardia, etc) com uma aplicação de algum medicamento e muitas vezes me perguntam:

 " Dr. ! Queria dar pro meu cão aquela VACINA que mata carrapato..." 

Alguns medicamentos como as ivermectinas a 1% são indicadas para o controle de parasitas internos e externos, porém não são vacinas e sim endectocidas injetavéis! Ou seja, o que o animal estará tomando será um medicamento.

Já VACINAS são medidas que visam previnir e proteger o animal de contrair determinada doença.

As vacinas (que o nome advém de vaccinia, o agente infeccioso da varíola bovina, que, quando é injectado no organismo humano, proporciona imunidade à varíola no ser humano) são substâncias, como proteínas, toxinas, partes de bactérias ou vírus, ou mesmo vírus e bactérias inteiros, atenuados ou mortos, que ao serem introduzidas no organismo de um animal, suscitam uma reação do sistema imunológico semelhante à que ocorreria no caso de uma infecção por um determinado agente patogênico, desencadeando a produção de anticorpos que acabam por tornar o organismo imune ou, ao menos mais resistente, a esse agente (e às doenças por ele provocadas).
São, geralmente, produzidas a partir de agentes patogênicos (vírus ou bactérias), ou ainda de toxinas, previamente enfraquecidos. Ao inserir no organismo esse tipo de substâncias, fazemos com que o corpo combata o agente levando à estimulando a síntese de anticorpos, que protegem o nosso organismo, além de desenvolver a chamada memória imunológica, tornando mais fácil o reconhecimento do agente patogênico em futuras infecções e aumentando a eficiência do sistema imune em combatê-lo. Quando o corpo é atacado por algum agente patogênico não chega a desenvolver a doença porque o organismo encontra-se protegido.
A descoberta da vacina deve-se às pesquisas de Louis Pasteur.




ESQUEMA DE VACINAÇÃO


É, sem dúvida, o cuidado mais importante tanto para o filhote como para o cão adulto. Os animais devem ser imunizados antes de começarem a freqüentar as ruas. Existem muitas doenças virais que podem acometer os cães e são causadoras de grande número de mortes, principalmente nos filhotes.
- 45 dias: vacina para filhotes (vacina específica para filhotes com menos de 60 dias)
- 60 dias: 1a. dose vacina múltipla* + vacina contra tosse dos canis (dose única, no caso da vacina intranasal; 2a. dose após 30 dias, no caso da vacina injetável)
- 90 dias: 2a. dose vacina múltipla
- 120 dias: 3a. dose vacina múltipla + anti-rábica
* (cinomose, hepatite, parvovirose, 2 tipos de leptospirose, coronavirose, parainfluenza, laringotraqueíte)
obs: não vacinar um animal com menos de 45 dias de idade. Os trabalhos científicos mostram que nessa idade, as vacinas são inativadas pelos anticorpos passados da mãe para o filhote. Se o filhote adquirido foi vacinado antes de 45 dias de idade, desconsidere essa vacina.
REFORÇO ANUAL DE TODAS AS VACINAS




quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PIOMETRA EM CADELAS



A hiperplasia cística do endométrio (HCE) induzida pela progesterona é a primeira lesão no desenvolvimento da piometra. A infecção bacteriana secundária ocorre na maioria dos animais. O acúmulo de líquido no lúmen do útero e glândulas endometriais, juntamente com a diminuição da contratilidade do miométrio causadas pela progesterona parece favorecer a invasão bacteriana. A maior parte da morbidade e mortalidade associadas com a piometra pode ser atribuída à infecção bacteriana secundária do útero normal.
O papel da progesterona na fisiopatologia da HCE-piometra tem sido investigado. A ocorrência de HCE e piometra após a administração exógena de progesterona é dose e duração-dependente tanto na cadela como na gata. A ocorrência de HCE e piometra tem sido descrita freqüentemente após a administração de acetato de megestrol e medroxiprogesterona a gatas intactas e parcialmente histerectomizadas.

Embora o estrogênio exógeno sozinho não provoque HCE ou piometra, ele potencia os efeitos da progesterona. Devido aos riscos de ocorrer piometra e a pobre eficácia na prevenção da gestação, os autores concluíram que os estrógenos não devem ser usados para prevenir a gestação em cadelas.
Os sintomas clínicos estão diretamente relacionados com a gravidade do quadro. Os sintomas gerais incluem depressão, anorexia, vômitos, diarréia, polidipsia (aumento na ingestão de líquidos) e poliúria (aumento na produção urinária). Estes sintomas não específicos com um histórico de exposição à progestina são sugestivos de piometra. O corrimento vaginal purulento está presente em 75% das cadelas com piometra. Variados graus de desidratação e depressão são encontrados ao exame clínico. Um corrimento vaginal purulento, freqüentemente contendo sangue, pode ou não estar presente. O corrimento vaginal pode ser intermitente ou constante, escasso ou copioso em quantidade. A temperatura retal geralmente esta normal. Os animais com septicemia ou endotoxemia podem estar hipotérmicos. Estes animais geralmente se apresentam em decúbito e em choque.
As lesões renais associadas com a piometra têm sido investigadas. Ocorre uma redução na capacidade de concentrar a urina, associada com a infecção bacteriana do útero, porém ela não ocorre associada com a manipulação hormonal, na ausência de infecção bacteriana.

A informação essencial para o diagnóstico e tratamento de piometra inclui histórico do estágio do ciclo estral e/ou terapia hormonal, e exame físico completo. A contagem sanguínea completa, urinálise, e o perfil bioquímico são necessários para detectar as anormalidades metabólicas associadas com a septicemia e/ou toxemia, e para a avaliação da função renal.
A radiografia abdominal e/ou a ultra-sonografia confirmarão a presença do útero aumentado. O diagnóstico diferencial mais importante para a piometra é a gestação. A aparência radiográfica do útero gravídico antes da calcificação fetal (cerca de 42 dias) é indistinguível da obtida quando há piometra.

Ambas possuem uma densidade líquida homogênea. A ultra-sonografia é muito útil para a diferenciação da piometra e gestação. Antes do dia 28, o diagnóstico de gestação com a ultra-sonografia nem sempre é preciso, porém a diferenciação entre a piometra e a gestação ainda é possível.
O tratamento de escolha para a HCE-piometra é a ovariohisterectomia.

CIPM- Cães da Policia Militar

 
Em tempos de BOPE (TROPA DE ELITE), ser operações especiais da PMERJ está na moda, todavia, a PMERJ tem várias outras unidades de Operações Especiais que também poderiam virar sucesso de bilheteria.


Destacamos algumas dessas Unidades Operacionais Especiais:

Batalhão de Polícia de Choque – BPChq

Grupamento Aéreo e Marítimo – GAM

Companhia Independente de Polícia Militar com Cães – CIPM-Cães

Recentemente os Cães policiais da PMERJ, vêem dando um show de operacionalidade e capacidade tática. Acham drogas em favelas, participam de intervenções junto com o BOPE, participam de resgate de reféns e mais umas de suas especialidades foram postas a prova com essa tragédia das chuvas: achar pessoas em tragédias.


Para quem não sabe: o Canil da PMERJ, foi acionado para a Ilha Grande e no primeiro dia (sábado) os cães marcaram alguns pontos nos escombros onde foram achados 06 corpos de vítimas, já no segundo dia (domingo) marcaram apenas um ponto e foi achado mais um corpo de uma das vítimas. Esse trabalho de defesa civil do Canil da PMERJ não é muito divulgado pela mídia, mais é essencial que continue sendo feito com tamanha qualidade.

SOBRE A UNIDADE

Companhia Independente de Polícia Militar com Cães – CIPM-Cães

Informações:

E-mail: cipmcaes@policiamilitar.rj.gov.br

Comandante: (21) 2334-7477 (21) 2334-7477

Subcomandante: (21) 2334-7470 (21) 2334-7470

Resumo Histórico:

No dia 11 de maio de 1955, o policiamento da Cidade do Rio de Janeiro contava com uma inovação em seu policiamento, a criação do SERVIÇO DE CÃES da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro Militar do Distrito Federal. Contava naquela época com 40 Cães adestrados pelo Tenente PM LAIR JACINTHO DA SILVA o por Soldados que fizeram um curso de especialização em São Paulo.


O Canil foi inaugurado pelo CEL EB JOÃO URURAHY DE MAGALHÃES, Comandante Geral da Corporação, na então Invernada de Olaria. No ano de 1969, após a transferência da Capital Federal para Brasília, na então Polícia Militar do Estado da Guanabara, por intermédio do Decreto “E” nº. 2.990, de 06 de agosto, o Serviço de Cães passou a denominar-se Companhia Independente de Cães de Policiamento (CICP), vindo, mais tarde, no ano de 1974 a transformar-se em Destacamento de Atividades Especiais (DAE), assumindo outras atribuições além dos serviços com emprego de cães. O DAE, pelo Decreto nº.1.095, de 02 de fevereiro de 1977, foi transformado em Batalhão de Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro de Atividades Especiais.


Em 10 de Dezembro de 1981, com a extinção do BPAE, o 16º BPM assumiu as instalações daquela Unidade, bem como o canil passou a ser uma Companhia orgânica deste Batalhão, passando a denominar-se Companhia de Policiamento com Cães – Cia Pol. Cães, permanecendo nesta condição até o dia 16 de Novembro de 2001, quando foi criada, através de Decreto da Secretaria de Segurança Pública nº. 494, a Companhia Independente de Polícia Militar com Cães, cujo seu primeiro Comandante foi o então MAJ PM MARCUS JARDIM GONÇALVES, tendo como missões: Patrulhamento Motorizado Especial com Cães – (PAMESP/Cães); Busca, Localização e Resgate de pessoas perdidas; Captura de meliantes homiziados; Busca o Localização de Materiais Entorpecentes, Armamento e Artefatos Explosivos; Busca de Pessoas Soterradas, Restos Mortais e Ossadas Humanas; Controles de Distúrbios Civis; Segurança de Dignatários; Controle de Rebelião em Estabelecimento Prisional; Atividades de Laboterapia e Programas Assistenciais; Demonstração de Adestramento; Participação em Competições cinófilas; Formaturas e Desfiles de Caráter Cívico-Militar; o Policiamento Ostensivo com Cães em apoio às demais Unidades Policiais Militares, no âmbito de todo o Estado do Rio de Janeiro, bem como policiamento em praças despdesportivas; apoio ao Batalhão de Polícia Militar de Choque e, recentemente, no apoio ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) com a Unidade de Intervenções Táticas, atuando no resgate de pessoas.

Em 25 de junho de 2007, foi público em BOL PM nº114 a autorização do Comandante Geral para utilizar nos serviços diários, pelo efetivo da Companhia Independente de Polícia Militar Cães, o 5° B Uniforme do RUPMERJ (Camuflado Urbano) com gandola de manga comprida camuflada em tons de preto, cinza, marrom, e bege com distintivo da CIPM Cães bordado no braço esquerdo em substituição ao braçal.

Possui no plantel canino 71 (Setenta e um) Cães – sendo 15 (quinze) filhotes – distribuídos nas raças: Pastor Alemão, Pastor Belga de Malinois, Pastor Holandês, Rottweiler, Weimaraner, Dobermann e Labrador. A companhia Independente de Polícia Militar com Cães conta ainda com Canis Setoriais no 7º BPM (São Gonçalo), com 12 (doze) cães, 8º BPM (Campos), com 10 (dez) cães, 11ºBPM (Nova Friburgo), com 13 (treze) cães, e 12º BPM (Niterói), com 12 (doze). Dando um total de 128 (cento e quarenta e um) Cães em toda Corporação.

Fonte: http://www.pmerj.org/cipmcaes/


Um video muito legal do canil da PM- RJ :  http://www.youtube.com/watch?v=UNConSSoxUc

# AGILITY #



O Agility nasceu em 1978 na Inglaterra, como entretenimento para o público que visitava e assistia o CRUFTS DOG SHOW, a mais famosa exposição de cães. O intuito era distrair os visitantes nos momentos de tédio. O que começou como distração agora é muito mais.


Baseado em provas hípicas, o Agility consiste em fazer o cão percorrer um circuito de obstáculos no menor tempo possível e com o menor número de faltas. Se as regras não forem seguidas, a dupla condutor/cão será desclassificada.

Até o momento da prova, a dupla não conhecerá o percurso, que será determinado momentos antes pelo juiz. O condutor fará um prévio reconhecimento do percurso antes da prova ser iniciada.

O Agility não é uma prova de velocidade, mas sim de habilidade. Por isso, as faltas nos obstáculos são mais importantes do que as faltas de tempo. O Agility, como esporte, além de nos deixar em forma juntamente com nosso fiel companheiro, ajuda a fazer novos amigos e age como uma terapia anti-stress. É realmente relaxante e prazeroso praticar o Agility.


A sarna que não coça!!!









                                                           Sarna Demodécica


A sarna é causada por ácaros ectoparasitas, presentes na superfície cutânea, ou nos folículos pilosos dos animais. Pode ser causada por diferentes espécies de ácaros, sendo que a sarna demodécica possui particularidades próprias, merecendo um tratamento a parte das demais sarnas. Recebe também o nome de demodecicose, sarna negra, sarna folicular, sarna vermelha e , quando o caso é mais grave, até lepra canina.



Demodex canis
O agente etiológico desta enfermidade é o ácaro Demodex sp, parasita que faz parte da fauna normal da pele dos animais. Este parasita o folículo piloso dos animais e, raramente, glândulas sebáceas próximas aos pêlos. Mede cerca de 100 micrômetros e sua locomoção é muito lenta, e realizada com o auxilio das suas oito atrofiadas patas. Cada espécie animal possui afinidade com uma determinada espécie deste ácaro, sendo que os cães são parasitados pelo Demodex canis.

Este ácaro, geralmente tem uma convivência pacífica com os cães, não causando prejuízos à sua saúde. No entanto, certas situações, o Demodex pode tornar-se um agente nocivo. Isto ocorre em casos de queda de resistência do organismo, passando a se reproduzir intensamente, espalhando-se pelo organismo do hospedeiro, alcançando linfonodos, baço, fígado, parede intestinal, glândulas mamárias, bexiga e pulmões. Além deste fator, existe também a predisposição genética a adquirir para a doença, que pode ser herdada da mãe, do pai ou de ambos.

A transmissão deste ácaro geralmente não se dá pelo contato direto, pois o ácaro localiza-se profundamente na pele, na derme, mas pode ocorrer quando há estreito e prolongado contato entre um animal sadio e outro afetado. Há estudos que comprovam que esta enfermidade não é transmitida durante a vida intra-uterina e nem durante o parto, mas quando a mãe é portadora, dentro de 8 a 18 horas após o nascimento, os filhotes já apresentam o ácaro na região do focinho, sendo esta transmissão normal, não implicando no desenvolvimento da doença.

A demodecicose pode manifestar-se de duas formas:

- Demodecicose localizada: caracteriazada por poucas áreas de alopecia delimitada (uma ou duas), pequenas, com graus variados de eritema, escamosas e hiperpigmentadas. O prurido e a piodermatite secundária não são frequentes. As lesões geralmente são encontradas na cabeça, pescoço e membros anteriores, podendo também aparecer em outras regiões do corpo do cão.
A sarna negra pode ainda ocorrer sob a forma de otite externa, eritematosa e ceruminosa. Em casos de piodermatite demodécica, a única região atingida são as patas.

- Demodecicose generalizada: a princípio, surge em animais de raças puras com menos de um ano de idade. Cerca de 10% das lesões localizadas causadas por este ácaro, podem dar origem a um quadro generalizado. Observa-se alopecia difusa, eritema, edema, seborréia, crostas e piodermatite secundária, podendo esta apresentar-se moderada, superficial ou severa e profunda com furunculose e celulite. Normalmente estão associados, prurido e linfoadenopatia generalizada.





O diagnóstico é feito através da raspagem profunda de pele, sendo o material coletado observado em microscopia. Para que haja a confirmação do diagnóstico é necessário que seja encontrado um número elevado de ácaros adultos ou formas imaturas. As regiões prediletas do D. canis é ao redor do focinho e nas patas, sendo que estas zonas devem ser as primeiras de colheita de material para exame. Em situações especiais, pode ser feita a biópsia de pele para confirmação do diagnóstico.

Na forma generalizada, o tratamento definitivo não é possível de ser feito. Já a forma localizada responde bem ao controle, feito:

Tratamento tópico: com uso de xampus, sendo que este prepara a pele para receber um medicamento um medicamento que vem na forma líquida e é diluído em água; através do uso de “spot-on” que é aplicado no dorso do animal.

Tratamento sistêmico: medicamentos em forma de comprimido; injeções.

No geral, o tratamento para a demodecicose dura de 2 a 3 meses, sendo que a freqüência do uso do medicamento irá variar com o que for prescrito pelo Médico Veterinário.

Recomenda-se a castração das fêmeas recuperadas, pois no período de cio, assim como na gestação, podem provocar recidivas. Não é aconselhado o uso de animais curados para a reprodução.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Caudectomia em Cães

A caudectomia deve ser feita o mais precoce possivel. O ideal é que seja na primeira semana de vida. Cada raça tem um padrão para o corte, que deve ser obdecido. Existem várias maneiras de realizar o corte que pode ser com tesoura, bisturi, etc.

O procedimento deve ser sempre realizado com os cuidados rotineiros de assepsia. A tendência atual é que no futuro este tipo de procedimento seja abolido, pois a sua função é apenas estética, sendo na verdade uma pequena mutilação que se faz no animal. Mesmo assim é uma cirurgia bastante solicitada, principlamente nas raças: poodle, pincher, rottweiler, fox paulistanha, pointer inglês, doberman, weimaraner, entre outras raças, alguns veterinários dizem que na maturidade esses cães acabam fazendo auto-mutilação, sendo até indicado fazer quando ainda jovens nas primeiras semanas de vida. Alguns paises europeus pribem tal conduta.

Cão da Raça Rottweiler com o rabo, a maioria dos cães desta raça possuem seus rabinhos cortados, porém acredito também que isso seja uma questão muito mais cultural do que do padrão da raça, pois ele não nascem assim.


Um grande abraço,

Dr. Alex A. Machado

domingo, 5 de setembro de 2010

Análise Comportamental

Embora os cães emitam sons, eles não conseguem falar como nós. Desse modo, a linguagem corporal é um meio de comunicação vital para eles. Eles utilizam todas as partes do corpo para se comunicar. Para compreender melhor o seu cão é importante ficar atento a sua linguagem corporal.








Curiosidades: Linguagem Corporal

Indicadores de humor



Alerta: orelhas aguçadas, em posição vertical.

Prestes a atacar: orelhas para trás, dentes à mostra, em posição agressiva com os pelos eriçados.

Confiante: cauda para cima, em posição vertical.

Assustado: cauda entre patas, com as costas bem baixas e mostrando o branco dos olhos.

Feliz: orelhas para trás, olhos entreabertos, com a cauda abanando.

Submisso: orelhas para trás, virando-se para cima, com a barriga à mostra.

Hora de brincar

Acredito que a maioria das pessoas, já conhece a postura que o cão adota convidando para brincar: ele fica com as patas da frente abaixadas, o traseiro empinado, as orelhas para cima e a boca aberta, cheio de expectativa! Aproveite e volte a ser criança e brinque muito com o seu aumigo. :)



Excitação

Quem tem cachorro em casa conhece os sinais, basta pegar a coleira ou um brinquedo favorito do seu cão. Pulam, dão voltas no ar e balançam a cauda vertiginosamente. Suas orelhas podem estar para frente e seus olhos brilharem. Podem pular sobre o guardião com as patas dianteiras e deixar as orelhas para trás em sinal de submissão ao líder.



Contato através dos olhos
O contato através dos olhos é importante para os cães.

Um cão dominante pode olhar com raiva para um cão menor ou ainda dar um olhar de reprovação.

O modo como você olha para os cães também é importante. Eles aprenderão a interpretar os olhares que você dá a eles.



Sinais de agressividade

Um cão agressivo irá demonstrar uma linguagem corporal específica. Ele pode ficar em posição vertical, firme, com os pelos eriçados em volta do pescoço e ao longo das costas, com os dentes à mostra e a cauda ereta. Mas lembre-se qde que a observação desses sinais pode ser difícil (ou completamente diferente) em raças distintas.



Tristeza

Ele adotará a postura de submissão com mais ênfase. Parecerá abatido, com a cabeça pendendo para baixo e o rabo parado. É difícil ver um cachorro triste a menos que esteja totalmente abandonado. Basta um pouco de atenção e exercício para que se mostrem relaxados e contentes. E quanto aos abandonados, basta carinho, proteção e cuidados, assim logo o cão terá uma vida mais feliz e saudável!





Curiosidades: Linguagem Corporal

Interesse

Um cachorro responde com interesse quando todas as partes de seu corpo se levantam e se inclinam para frente. Podem deitar a cabeça lateralmente, deixando as orelhas voltadas para frente. Abrem a boca ligeiramente e seus olhos brilham. Podem levantar a pata dianteira, como prontos para entrar em ação.



Ansiedade

Cachorros ansiosos baixam a cabeça e podem bocejar para liberar a ansiedade. Apresentará as pupilas dilatadas, mas tentará evitar olhar o que o estressa. O corpo se mostrará agachado com o rabo escondido. Pode deitar sobre as costas, mostrando a barriga e inclusive derramar algumas gotas de urina.



Liberando a ansiedade

Existe um fato curioso e que eu já notei a minha labradora fazendo com frequência.



Quando o cão começa a bocejar, rompe contato visual, se sacode ou começa a se coçar mesmo não tendo UMA pulga, quer dizer que ele quer parar com a brincadeira ou "simplesmente mudar de assunto". É bem comum observar esse tipo de comportamento em aulas de adestramento. Se o cão fica cansado, ele pode começar a se coçar "do nada". È o jeito dele dizer: "Estou cansado! Vamos parar por hoje!"

Outro comportamento bem interessante (e acontece com as minhas poodles): quando o cão leva uma bronca ou o mandam ficar quieto, ele pode começar a bocejar repetidamente. Isso significa que o cão está tentando liberar a ansiedade e se controlar. Nesse momento, dê um tempo e logo ele vai se acalmar.



Fontes: Livro: "Como fazer o seu cão feliz" - Liz Dalby (Editora Ciranda Cultural) e "APCCA"




segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Rações Medicamentosas

Muitos já devem saber ou ter ouvido falar sobre as rações que são “medicamentosas”.




Na realidade, estas rações não podem ser consideradas medicamentosas, mas podem ser consideradas auxiliares no tratamento de alguma enfermidade.



Por exemplo: se o seu animal de estimação tem problema no fígado e, dependendo da causa, há necessidade de restringir a ingestão de certas substâncias com objetivo de melhorar a função do fígado, irá existir rações com composição específica para este caso.



E isto repete-se em outras áreas como, por exemplo, problemas renais, articulares, intestinais e outros.



Há uma tendência tecnológica de desenvolver alimentos que irão prevenir problemas que podem ocorrer a médio e a longo prazo.



Se, por exemplo, você possui algum animal com tendência à ter problema articular, haverá a possibilidade de você diminuir o risco ou até impedir que o problema ocorra, administrando uma ração específica e que atenda as necessidades nutricionais deste individuo, independente de ter raça ou não ter raça.



O “obstáculo” geralmente é o custo e sobre isto eu já comentei em um tópico anterior sobre a relação custo-benefício.



Como clínico, eu sei o quanto é difícil convencer alguém a trocar a ração atual por outra com qualidade superior, pois, esbarro na questão de preço. Eu afirmo e reafirmo que o preço é a última coisa que deverá ser avaliada.



Não é o preço que faz a ração, é a qualidade da ração que determina o seu preço e, nisto, há empresas de ração que investem milhões em propaganda na televisão, investem nas cores da ração, na embalagem (fotos e cores), na forma como os grãos de ração irão ter, investem milhões no apelo psiológico ( e de forma à enganar e ludibriar as pessoas) e pouco fazem para melhorar realmente e significativamente a qualidade da ração.



Em verdade, para o seu cão ou gato, não há necessidade nenhuma da ração ter forma de osso ou de peixe ou seja lá qual forma, ou que o pacote venha escrito sabor presunto, queijo, frango, que eles coloquem a “Gisele Buchen” dos vegetais no pacote.



Tudo isto é marketing, é manipulação, é fantasioso! Vocês não estão comprando o que vocês estão vendo no pacote!



O que você enxerga no pacote da ração, muitas vezes, não existe na ração, na forma como são levados a crer.



Se algumas destas empresas deixassem estas idiotices de lado e passassem a ter uma atitude mais científica, eles deixariam toda a forma carnavalesca e circense de apresentar seus produtos, deixariam de investir milhões em propagandas de 30 segundos na televisão e partiriam para pesquisas sérias, diminuiriam o nível de carboidratos da sua ração, não iriam tingir os grãos da ração e nem dariam formas de peixinhos, ossinhos e tudo quanto é besteira.



Para todos que entram em meu consultório, eu faço a seguinte proposta: se eles colocarem em prática todas minhas orientações nutricionais e não tiverem um benefício com isto, eu pago todos os custos envolvidos nesta mudança! E eu falo isto, pois, eu tenho plena certeza do que digo!



Quando indico uma ração em detrimento de outra, faço com o objetivo de proporcionar saúde ao meu paciente, faço para proporcionar qualidade de vida para ele e economia para os meus clientes. Alguns acham que ganho alguma coisa da empresa de determinada ração e eu respondo dizendo que realmente eu ganho sim, mas não é da empresa!



Eu ganho da seguinte forma: quando a pessoa me dá o crédito e experimenta colocar em prática toda a minha orientação, ela irá ver que eu disse a verdade, ela irá perceber que eu não enganei e nem menti. Com isto, eu conquisto a confiança desta pessoa. Conquistando a confiança dela, eu irei ser mencionado quando o vizinho ou amigo desta pessoa, necessitar de Médico Veterinário.



Portanto, aí está o meu comprometimento: com todos vocês que me procuram, fazer com que fiquem felizes ao ver diminuir a queda dos pêlos e melhorar o brilho destes, fiquem satisfeitos ao perceberem que o volume de fezes diminuiu e o odor já não é tão fétido, fazer com que vocês fiquem satisfeitos ao perceberem que o pacote de ração tá durando mais e, por isto, não precisam ficar comprando ração com tanta frequência, enfim, tornar objetivo todos os benefícios subjetivos que uma ração de alta qualidade proporciona.



Pois é muito fácil você não achar caro pagar por um produto cujo benefício pode ser visto, tocado, sentido, isto é, benefícios objetivos e táteis. Agora, quando o benefício não tem este apelo aos cinco sentidos, o quadro muda totalmente. é a velha história: a ausência da doença é um bem e um benefício, por si só, isto é, só iremos valorizar o nosso maior tesouro (nossa saúde e dos nossos animais de estmação) quando a perdemos, não é mesmo!?



Quaquer dúvida ou comentário do que disse aqui, fiquem a vontade de me contradizer, ou de criticar, colocar em prova minha linha de raciocínio, pois, é muito difícil alguém chegar e dar um cheque-mate na minha linha de raciocínio e quando isto ocorre, eu estou aprendendo mais um pouco com a outra pessoa.

Dr. Luiz Fernando Sabadine

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Leishmaniose Canina

A Leishmaniose canina é uma doença parasitária transmitida pela picada do mosquito infectado (fêmeas da espécie Lutzomia longipalpis - também conhecido por mosquito-palha). Trata-se é uma doença sistêmica grave, de curso lento e crônico. Trata-se de uma zoonose portanto merece sua importância na saúde pública


O calazar canino, do ponto de vista epidemiológico, é considerado mais importante que a doença humana, pois além de ser mais prevalente, apresenta um grande contingente de animais infectados com parasitismo cutâneo, que servem como fonte de infecção para os insetos vetores. Estas características tornam o cão doméstico o principal reservatório do parasito. Durante epidemias o homem também pode servir como reservatório do parasito, para a infecção do inseto vetor.

Sintomas:
Perda de peso e/ou falta de apetite
Apatia e debilidade
Seborréia, feridas que não cicatrizam
Crescimento rápido das unhas
Anemia
Inchaco dos ganglios
Insuficiencia Renal
Diarreias persistentes, vomitos
Lesoes Oculares (conjuntivites)
Hemorragia nasal (epistaxe)
Ferimentos ao redor dos olhos e na pele

Vale a pena lembrar que a grande maioria dos cães, 60% são assintomáticos


Como prevenir?
Pode-se prevenir a leishmaniose através na vacina, uso de coleiras apropriadas e repelentes a base de citronela de preferência. O flebótomo , o mosquito-palha, é um inseto bem pequeno e costuma se reproduzir em locais com muita matéria orgânica em decomposição. Portanto evitar acúmulos de lixo de casa é uma maneira contribuir para a saúde do meio ambiente e ao mesmo tempo evitar a proliferação dos mosquitos. Lembre-se lugar de lixo é no lixo

Controle da Doença
A expansão da doença canina e seu potencial zoonótico levaram, por parte das autoridades sanitárias, o direcionamento do controle para a população canina, baseado no inquérito sorológico e sacrifício dos cães positivos. Com a argumentação de que a carência econômica existente no país aumenta o contingente de humanos susceptíveis, em decorrência principalmente da desnutrição e condições inadequadas de vida, o sacrifício dos cães tem sido nas últimas 4 décadas a base de controle adotada no Brasil. Esta prática é hoje inaceitável na Europa e cada vez mais contestada pelos proprietários de cães e pela comunidade de veterinários de pequenos animais, sobretudo pelo crescente número de publicações científicas sobre o tratamento canino.

Os esforços para o controle dos vetores são direcionados, principalmente para as formas adultas dos flebótomos, pois os criadouros da maioria das espécies são ainda desconhecidos. O uso de inseticidas residuais (DDT, fosforados e piretróides sintéticos) no interior das casas e abrigos de animais é considerado eficiente para reduzir a população peridoméstica dos flebótomos e conseqüentemente a transmissão parasitária. Entretanto o efeito é temporário e exige um programa contínuo. No Brasil as ações de controle do vetor foram sempre descontínuas por diversas razões. A liberação de verbas, a alocação e contratação de mão-de-obra dependem de decisões políticas orçamentárias. Os programas que são implementados não surtem o efeito esperado e como conseqüência ocorre a reinfestação dos ambientes e reaparecimento de casos humanos e caninos de calazar. Ainda não foram relatados, no Brasil, casos de resistência aos inseticidas comumente utilizados.





A eutanásia de cães soropositivos é uma medida de controle recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo a própria entidade reconhece que existem cães de grande valor afetivo, econômico e prático e por isso não podem ser indiscriminadamente destruídos. Profissionais ligados aos órgãos públicos de controle a leishmaniose visceral observam que o momento da busca do cão para eliminação é carregado de forte componente emocional, significando a determinação da “sentença de morte” para um “membro da família” dada a significância que o cão tem no ambiente familiar. Este sentimento faz com que muitos proprietários de cães não aceitem esta estratégia de controle, proporcionando alto índice de recusas, contribuindo para a manutenção da cadeia de transmissão. São necessárias, adoção de medidas alternativas que possam suprimir esta lacuna no controle, além de diminuir o ônus emocional que a mesma representa.





Entretanto, a resistência por parte dos proprietários em entregar os cães para a eutanásia, baseia-se não somente no papel que o cão assume no contexto familiar. Principalmente nos meios urbanos, estes animais executam diversas funções como: guarda, salvamento, guia de paraplégicos, prática de esportes, repressão à criminalidade e ao tráfico de drogas, além do valor cinófilo de alguns exemplares.





O conhecimento de que a doença canina não é uniformemente fatal e que alguns cães podem apresentar cura espontânea, levou a comunidade científica médico-veterinária à experimentação de tratamento dos animais. Os resultados obtidos conduziram a protocolos bem sucedidos já aplicados em alguns países. A OMS reconhece que a eutanásia dos cães infectados, na maioria dos países, se reserva cada vez mais para casos especiais, como resistência aos fármacos, recaídas repetidas ou situações epidemiológicas perigosas, pois a maioria dos veterinários preferem administrar um tratamento antileishmaniótico, acompanhando atentamente as recaídas.





Os mesmos estudos indicam que a opção pela eliminação de cães, deveria ser em escala de importância, a terceira medida adotada. Outra crítica a esta opção, é a pouca agilidade observada entre a coleta de material, realização do diagnóstico e a ação de busca de cães infectados e sua eliminação, caso fosse realizada de forma ideal, isto é, baseada em melhores técnicas diagnósticas de forma ágil, poderia resultar em algum impacto sobre a transmissão, porém apenas de forma linear. Neste contexto, os autores verificaram que o tratamento canino reflete significado semelhante ao do sacrifício no controle de leishmaniose visceral canina.





Uma medida direcionada à população canina que não pode ser esquecida é o controle de cães vadios, modestamente realizados nos centros urbanos brasileiros, que deveria ser assumida como prioridade, pois estes animais podem ser veiculadores não somente de Leishmaniose , mas também de outros agentes zoonóticos.















Tratamento:



O tratamento do calazar canino é visto, no contexto do grande avanço de qualidade da assistência veterinária. As opções de protocolos distintos conferem aos pacientes grandes possibilidades de melhora clínica e menores índices de recidivas. Entretanto, são prolongados com o tempo tornam-se caros e em alguns casos são ineficientes.





A opção pelo tratamento de um cão com calazar deve considerar parâmetros ligados à condição clínica do paciente e a participação consciente do proprietário, os quais irão determinar os critérios de tratamento e sua viabilidade. O paciente deve ser avaliado pelo médico veterinário através de detalhado exame clínico e laboratorial, que inclui a confirmação do diagnóstico sorológico, com determinação do limite da diluição positiva e da presença do parasito em amostra de pele, punção de linfonodos e de medula óssea, através de técnicas citológicas ou histológicas. Exames complementares de hemograma, testes bioquímicos de função renal e hepática e perfil eletroforético das proteínas séricas, permitirão ao clínico prognosticar e decidir sobre a indicação do tratamento. Infecções concomitantes como babesiose, erlichiose, demodicose, escabiose, hepatozoonose, criptococose e dirofilariose devem ser consideradas a fim de se estabelecer a prioridade de tratamento entre as enfermidades diagnosticadas.





Confirmada a doença e apresentando o animal condições para execução do tratamento, é de suma importância o diálogo franco com seu proprietário. O esclarecimento detalhado sobre a doença, sua condição de enfermidade crônica e incurável, a necessidade de medidas profiláticas concomitantes ao tratamento e seus custos devem ser relatados. Entre os custos, incluem-se medicamentos, serviços veterinários e exames laboratoriais realizados trimestralmente.





A opção pelo tratamento só se dará mediante a confirmação da qualidade clínica do paciente associada ao compromisso do proprietário.







Escrito por: Sonia Faria

Médica Veterinária - CRMV-CE 1000 / UECE

Biotério Central da Universidade Federal do Ceará (BIOCEN - UFC)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Tártaro dentário

Os tártaros dentários são cálculos duros e escuros que se acumulam em toda superfície dos dentes, sendo formados a partir dos resíduos alimentares. Os cães e gatos possuem uma predisposição especial para formação de tártaros, devido ao PH da sua saliva ser alcalino e ao fornecimento de alimentos inadequados. Algumas raças caninas como Poodles, Yorkshires e Dachshund possuem uma predisposição maior ao acúmulo de tártaros dentários, indicando uma forte correlação genética na manifestação desta doença.


Os tártaros causam um processo inflamatório conhecido como doença periodontal que provoca forte halitose, gengivite, retração gengival e que se não tratados, provocarão além do amolecimento e perda dentária, além de sérias alterações em outros órgãos, principalmente nos rins, coração e fígado, diminuindo assim a expectativa de vida do seu animal de estimação.

Para livrar o seu animal destes problemas, o proprietário consciente deverá fornecer sempre ração seca, ossos sintéticos ou naturais defumados, realizar escovação dentária semanal, com creme dental e escovas apropriadas para cães e gatos.

A tartarectomia é um procedimento cirúrgico para remoção dos tártaros, com aparelho de ultra-som. Para sua realização é imprescindível o uso de sedativo e anestesia geral, para garantir um procedimento tranqüilo, indolor e eficiente. Através deste procedimento é possível remover totalmente os tártaros dentários, evitando assim a doença periodontal e conseqüente perda dos dentes.

A freqüência com que esta limpeza deve ser realizada varia de indivíduo para indivíduo e, em média, é de uma a duas vezes ao ano.

Consulte seu veterinário e procure saber se seu cão ou gato de estimação precisa ser submetido a uma tartarectomia! Somente ele é capaz de realizar este procedimento com total segurança.

Garantindo uma higiene dentária adequada, você estará proporcionando uma vida mais longa e saudável para o seu animalzinho e, assim, poderá curti-lo por muito mais tempo!

E então? O que está esperando?


Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
CRMV RJ - 10774
cel: (21) 9439-2703  e-mail: guapitrufa@hotmail.com

O melhor banho da sua vida

Quando seu cão toma banho num pet shop, ele fica com a pelagem muito mais bonita, brilhante e cheirosa do que quando você tenta dar banho em casa, não é mesmo? Mas afinal, qual o segredo, banho não é tudo igual? – pensam alguns. Acompanhe passo-a-passo o banho da Maria Dolores, uma cadela da raça Border Collie, e descubra os “segredos” para dar um bom banho no seu amigão.


Equipamento:
- Toalha
- Shampoo: existem vários tipos e marcas. Escolha o tipo de acordo com a cor da pelagem do seu animal ou a necessidade. Existem produtos clareadores para pelagem branca, outros específicos para pelagem escura, shampoos antialérgicos e antipulgas (estes apenas quando o animal tiver idade superior à 6 meses). Evite usar shampoos humanos, pois eles podem causar alergias no cão ou gato.
- Condicionador: indispensável para cães e gatos com pelagem longa. Existem shampoos 2 em 1 que dispensam o uso do condicionador. Use produtos específicos para animais.
- Algodão
- Cortador de unhas
- Pente de metal
- Pente para desembolar a pelagem
- Escova de arame
- Perfume em spray (para animais)

Freqüência do banho:
Você pode começar a dar banho no seu cão ou gato a partir de 45 dias de idade, contanto que a temperatura esteja quente. Jamais banhe um filhote novo em dias extremamente frios. Há veterinários que indicam o primeiro banho quando com mais idade. SIGA A ORIENTAÇÃO DO VETERINÁRIO QUE TRATA DO SEU ANIMAL.  O banho pode ser dado semanalmente, mas a freqüência irá depender da raça e da tolerância do animal. Se ele começar a apresentar muitos problemas de pelagem e/ou pele, você deve diminuir a freqüência dos banhos.

1o. PASSO
Proteja os ouvidos com chumaços de algodão. Antes de começar o banho é importante a proteção do ouvidos. Coloque chumaços de algodão para que a água não entre e cause otite. Se o seu animal tiver pelagem longa, escove-o muito bem e procure investigar possíveis nós na pelagem. Se existirem, tente removê-los com um pente especial (desembolador). Mas, cuidado, se você puxar os nós excessivamente irá machucar a pele do seu animal, causando feridas. Os nós mais difíceis devem ser deixados para a aplicação do condicionador. Antes de começar, você pode cortar as unhas do seu cão ou gato. Mas só faça isso se estiver orientado pelo veterinário e souber como fazer. Do contrário, você machucará seu amigão e as unhas poderão sangrar muito.

2o. PASSO
Molhar a pelagem começando da cabeça. Use água morna para banhar seu animal. Água fria pode ser usada no verão. A água muito quente pode queimar a pele e deixá-lo desconfortável durante o banho. A temperatura elevada também pode retirar a gordura que protege superficialmente seu cão ou gato e torná-lo predisposto às doenças de pele. Onde você vai colocar o cachorro? Depende do que você tiver à mão: uma banheira, uma tina grande ou tanque, e até o box do seu banheiro. Use um avental plástico para não se molhar, embora seja quase impossível que você acabe todo o processo completamente seco.  Comece molhando a cabeça e pescoço (isso impedirá que eventuais pulgas subam para esses pontos, onde é mais difícil removê-las). Depois de molhado, use sabão de côco, em barra, para ensaboar e retirar toda a sujeira. Use uma escova plástica para que o sabão chegue até a pele. Ensaboe quantas vezes for necessário, até que a água saia limpa.
Nota: para que seu amigão não fuja correndo pela casa todo ensaboado, prenda-o pela coleira e guia curta em algum ponto da banheira. Nunca o deixe preso sem que você esteja por perto. Ele pode tentar pular e se enforcar!

3o. PASSO
Não esquecer de manter o animal preso durante o banho. Depois de retirada a sujeira, use o shampoo, de acordo com a necessidade do seu cão. Deixe agir por alguns segundos, enxágüe bem e use o condicionador, principalmente nas franjas e nós (cães de pelagem longa).

4o.PASSO
Escovar os dentes com escova de cerdas macias. Enquanto seu cão está “de molho” no shampoo ou condicionador, feche o chuveiro e aproveite para escovar os dentes dele. Existem escovas especiais para cães, mas você pode usar uma escova infantil com cerdas extra macias.  Alguns cães e gatos não toleram a escovação. Se for o caso do seu animal, desista antes que um dos dois saia machucado… Cuidar da higiene bucal é muito importante pois evitará a perda precoce dos dentes. Enxagüe o animal abundantemente para retirar todos os resíduos – só não vale gastar água desnecessariamente. Deixe que ele chacoalhe várias vezes, pois isso facilitará a secagem. Truque: para que seu cão ou gato chacoalhe, eliminando a água dos pêlos, assopre rapidamente sobre seu focinho.

5o. PASSO
O soprador retira o excesso de água. Depois de secar bem com a toalha, os pet shops usam o soprador, um aparelho que lança um forte jato de ar frio sobre a pelagem, expulsando toda a água retida. Isso diminui em muito o tempo de uso do secador. Na falta do soprador, capriche na secagem com a toalha, assim você gasta menos energia elétrica e tempo com o secador.

6o. PASSO
Na secagem, secador e escova. Seque a pelagem com o secador. É claro que os pet shops usam secadores profissionais, muito potentes. Se você não tiver um bom secador em casa, terá um grande trabalho e um enorme gasto de energia… Jamais use o secador muito quente ou próximo à pele do animal. Você poderá causar queimaduras! Para secar animais de pelagem longa, deve-se usar a escova de arame. Escove os pêlos em todos os sentidos. Não esqueça de secar as patas e entre os dedos. Se quiser deixar o animal secar ao ar livre, faça isso somente se o dia estiver muito quente e ele tiver pelagem curta, do contrário ele ficará com o pêlo cheio de nós e com um cheiro bastante desagradável (”cachorro molhado”).  Não esqueça também que, se você soltar seu cachorro molhado no jardim, ele vai querer se secar na grama ou na terra. Vai começar a correr e se esfregar no chão. Resultado: ficará mais sujo do que antes do banho! Fique de olho nele ou leve-o para passear enquanto se seca.

FINALIZAÇÃO
Limpe os ouvidos com algodão umedecido em álcool. Passe um perfume específico para animais, evitando a região do focinho. Na verdade, os cães detestam esses perfumes… Se o seu animal for alérgico, dispense qualquer essência. Caso queira aplicar algum produto antipulgas em gotas ou spray, faça isso no dia seguinte ao banho, quando pele e pelagem estarão 100% secos.  Agora Maria Dolores está pronta!! Achou trabalhoso? Não tem tempo para fazer tudo isso? Então procure um bom pet shop e deixe esse trabalhão a cargo de um profissional cuidadoso.


Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
CRMV RJ - 10774
cel: (21) 9439-2703  e-mail: guapitrufa@hotmail.com

Toxoplasmose

O que é:
A toxoplasmose é uma protozoose de distribuição mundial. É uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii. Ocorre em animais de estimação e produção incluindo suínos, caprinos, aves, animais silvestres, cães, gatos e a maioria dos vertebrados terrestres homeotérmicos (bovinos, suínos, cabras, etc.). Acarreta abortos e nascimento de fetos mal formados.

Toxoplasma gondii possui três formas infectantes em seu ciclo de vida: oocisto, bradizoítos contidos em cistos e taquizoítos.
O gato e outros felídeos, que são os hospedeiros definitivos, estão relacionados com a produção e eliminação dos oocistos (ovos) e perpetuação da doença, uma vez que somente neles ocorre a reprodução sexuada dos parasitos. Eles ingerem os cistos que estão nos tecidos dos animais homeotérmicos, principalmente dos ratos e pássaros. Após essa ingestão passam a eliminar nas fezes por um período em média de quinze dias os oocistos não esporulados, sendo que provavelmente esta será a unica vez durante a vida que esse gato irá eliminar os oocistos não esporulados. No ambiente, através de condições ideais de temperatura, pressão, oxigenação e umidade os oocistos levam de 1 a 5 dias para se esporular e se tornar infectante.

Transmissão:
A toxoplasmose pode ser adquirida pela ingestão de água e/ou alimentos contaminados com os oocistos esporulados, presentes nas fezes de gatos e outros felídeos, por carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, que abriguem os cistos do protozoário Toxoplasma gondi. A ingestão de leite cru contendo taquizoítos do parasito, principalmente de cabras, pode ser uma forma de infecção, mas provavelmente rara, pois a cabra tem de se infectar durante a lactação para que exista a possibilidade de passagem de taquizoítos para o leite.

A toxoplasmose pode ser transmitida congenitamente, ou seja, da mãe para o feto, mas não se transmite de uma pessoa para outra apesar de que já foi constatado a transmissão por transfusão sanguínea e transplante de órgãos de pessoas infectadas. Seu diagnóstico é feito levando em conta exames clínicos e exames laboratoriais de sangue, onde serão pesquisadas imunoglobulinas como a IgM e IgG.

Ciclo de Vida:
O ciclo inicia-se pela ingestão de cistos presentes em carne (por exemplo, de porco, rato ou coelho), pelos felídeos. A parede do cisto é dissolvida por enzimas proteolíticas do estômago e intestino delgado, o parasita liberado do cisto, penetra nos enterócitos (células da mucosa intestinal) do animal e replica-se assexuadamente dando origem a várias gerações de Toxoplasma através da reprodução assexuada. Após cinco dias dessa infecção, inicia-se o processo de reprodução sexuada, em que os merozoítos formados na reprodução assexuada dão origem aos gametas. Os gâmetas masculino (microgameta) e feminino (macrogameta), descendentes do mesmo parasita ou de dois diferentes, fundem-se dando origem ao ovo ou zigoto, que após segregar a parede cística dá origem ao oocisto. Este é expulso com as fezes dos animais após nove dias (cada gato expulsa mais de 500 milhões de oocistos em cada defecação).

O gato é o hospedeiro do T.gondiiJá no exterior, sofre divisão meiótica (esporulação) novamente após alguns dias, formando-se dois esporocistos cada um com quatro esporozoítos. Uma forma altamente resistente a desinfectante pode durar cinco anos em condições úmidas. Estes são activados em taquizoítos se forem ingeridos por outro animal, chamado hospedeiro intermediário: por exemplo, um rato ou coelho que coma erva em que algum gato ou outro felídeo tenha defecado ou uma criança ou adulto que mexa com os dedos em material contaminado com fezes e depois leve-os à boca. Os taquizoítos podem se infectar e replicar em todas as células dos mamíferos, exceto nas hemácias. Uma vez ligados a uma célula do hospedeiro, o parasito penetra na célula e forma um vacúolo parasitóforo, dentro do qual se divide. A replicação do parasito continua até que seu número no interior da célula atinja uma massa crítica que provoca a ruptura da célula, liberando parasitos que irão infectar outras células adjacentes. A maior parte dos taquizoítos é eliminada pelas respostas imunes humoral e celular do hospedeiro. Algumas dessas formas produzem oocistos, contendo muitos bradizoítos, ocorrendo em vários órgãos do hospedeiro, mas persistem no SNC e nos músculos. Se o animal for caçado e devorado por um felídeo, os cistos libertam os parasitas dentro do seu intestino, infectando o novo hóspede definitivo.

Sintomas:
Se a infecção se der durante a gravidez (o que ocorre em 0,5% das gestações), os parasitas podem atravessar a placenta e infectar o feto, o que pode levar a abortos e a malformações em um terço dos casos, malformações como hidrocefalia podendo também ocorrer neuropatias e oftalmopatias na criança como défices neurológicos e cegueira, mas se a infecção tiver sido antes do início da gravidez não há qualquer perigo, mesmo que existam cistos.

Os cistos contêm uma forma infectante do parasito, que é o bradizoíto, e em vez de se reproduzir rapidamente, formaram antes estruturas derivadas da célula que infectou, forte e resistente, cheia de liquido e onde o parasita se reproduz lentamente. Os cistos crescem e podem afetar negativamente as estruturas em que se situam, mais frequentemente músculos, o cérebro, no coração ou na retina, podendo levar a alterações neurológicas, problemas cardíacos ou cegueira, mas geralmente sem efeitos nefastos. Os cistos permanecem viáveis por muitos anos, mas não se disseminam devido à imunidade eficaz ganha pelo portador, inclusive contra mais oocitos que possam ser ingeridos. Se o indivíduo desenvolver ou for medicado para imunodeficiência, como após transplantes de órgãos, doenças auto-imunes ou na SIDA/AIDS, as formas ativas podem ser reativadas a partir dos cistos, dando origem a problemas sérios, com sintomas como exantemas (pele vermelha), pneumonia, meningoencefalite com danos no cérebro e miocardite, com mortalidade alta.

Diagnóstico:
O diagnóstico é pela sorologia, ou seja, detecção dos anticorpos específicos contra o parasita, como as imunoglobulinas IgM, que só existem nas fases agudas, e IgG que está aumentada na fase crônica da doença.

Na maioria dos casos não é necessário tratamento já que o sistema imunitário geralmente resolve o problema. Na gravidez ou em imunodeprimidos usa-se espiramicina, pirimetamina e sulfadiazina, para controlar a multiplicação do Toxoplasma gondii, mas também deve ser fornecido ao paciente ácido fólínico ou levedura de cerveja, para regularizar o sistema imunológico. Clinicamente é difícil fazer o diagnóstico porque os casos agudos podem levar à morte ou evoluir para a forma crônica. Esta pode assemelhar a outras doenças (mononucleose, por exemplo).

Prevenção:
Não existem exames que detectam se os gatos possuem ou não o protozoário Toxoplasma gondii; As mulheres grávidas devem evitar o contato com fezes de gatos, pois estas podem conter oocistos, não ingerir água de origem desconhecida e sem estar fervida, nem carne crua ou mal cozida durante a gravidez. No caso dos gatos, lavar as caixas com água, ferver freqüentemente e nunca tocá-las por mãos sem luvas. Alimentar os gatos com comida enlatada, ração, água fervida ou filtrada, não lhes permitir caçar animais também reduz o risco e nunca alimentá-los com carne crua ou mal passada.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Toxoplasmose


Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
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Idade Cão X Idade Homem

Convencionou-se dizer que cada ano canino corresponde à sete anos da idade do homem… Mas será que um cão de 15 anos teria mesmo 105 anos? Essa correlação não é muito precisa. Não existe uma tabela exata, pois a idade do cão varia com inúmeros fatores. Por exemplo: raças grandes ou gigantes vivem menos tempo, ou seja, 9 anos para um doberman representam muito mais idade do que para um poodle. As raças pequenas, sabidamente, têm longevidade maior.


Você já deve ter visto um cão de 10 anos que aparente ter bem menos idade. Como no homem, alguns indivíduos tardam a envelhecer, enquanto outros parecem ter envelhecido precocemente. A alimentação, prevenção de doenças e cuidados com o animal irão influenciar em sua saúde e aparência, embora, em alguns casos, esses fatores não sejam determinantes. Mesmo extremamente cuidado, não há como retardar o envelhecimento dos animais.

O conhecimento da idade do cão em relação à idade humana nos ajuda a entender melhor o comportamento de nossos animais. Para termos uma idéia aproximada dessa relação, podemos usar a tabela abaixo. Como já foi explicado, ela é apenas uma base para você determinar a idade do seu cão. Agora é só tirar a dúvida: será que ele está mais conservado do que você?



Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
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Dando comprimidos aos cães

Certamente não sabe exactamente como dar os comprimidos que o seu veterinário receitou ao seu cão. Enquanto as pessoas tomam medicação voluntáriamente, os cães não o fazem, excepto em alguns casos em que os comprimidos têm um sabor agradável ou em casos muito excepcionais em que os cães estão treinados a tomar comprimidos. Por vezes não é nada simples administrar comprimidos a um cão, e tem tudo a ver com a sua personalidade.


A forma mais simples de administrar um comprimido a um cão é dissimulando-o no alimento. Se não houver nenhuma restrição no tipo de alimento que ele pode comer, então deverá escolher um alimento irresistível. Exemplos são o queijo, paté, carne. Inicialmente deverá dar um fragmento desse alimento sem o comprimido para ganhar a sua confiança. Logo de seguida envolva o comprimido num novo fragmento e dê-lho. Alguns comprimidos possuem um revestimento resistente à acidez do estômago e tornam-se ineficazes se forem fragmentados. Outros perdem eficácia se forem dados com alimento. Aconselhe-se no seu veterinário. Não é aconselhável dissimular o comprimido, especialmente se desfeito em pó, numa refeição volumosa pois corre o risco de esta ser ingerida apenas parcialmente.

Se o seu cão não puder comer ou não tiver apetite devido à doença, então está na altura de lhe dar você próprio o comprimido. Terá de encontrar o local apropriado para lhe dar o comprimido. Chame o seu cão com uma voz agradável. Se usar uma voz ou expressão apreensiva ele poderá ficar também receoso e tornará difícil a operação. Certos cães resistem menos se forem colocados em cima de uma mesa. Terá e ter ajuda de alguém para o segurar para que ele não caia ao chão se por acaso se debater muito. Outro ponto onde é mais fácil contê-lo é no canto de uma sala, onde não consiga recuar. Coloque o comprimido pronto para ser administrado. Segure o comprimido entre o polegar e o indicador com a mão direita (se for dextro). Com a outra mão segure por cima do focinho do seu cão. Levante-lhe o focinho apontando-o para cima.

Neste momento deverá verificar que a boca abrir-se-á ligeiramente. Introduza os lábios superiores do seu cão para dentro da boca com a ajuda do polegar de um lado e o indicador do outro, atrás dos dentes caninos (os dentes grandes) por forma a que ele sinta que estão em contacto com os dentes. Desta forma ele não tentará fechar a boca. Com a ajuda de um dos dedos da mão direita (a que segura o comprimido) baixe-lhe o mandibular (maxilar inferior) apoiando-se entre os dentes caninos.


Deverá sentir pouca resistência. Rápidamente coloque o comprimido o mais fundo possível na sua boca, já junto à garganta e feche-lhe a boca mantendo-a assim com a mão esquerda. Pode colocar a cabeça na posição correcta mantendo a boca fechada. Se esfregar o nariz do seu cão ele provávelmente terá um reflexo de deglutição e engolirá o comprimido. Preste atenção se ele deita o comprimido fora (mastiga, engasga-se e movimenta muito a língua). Se ele não fizer nenhum dos movimentos anteriores, então deverá ter engolido. Quanto mais rápida for a operação anterior, mais eficaz se torna. Estude-a antes de iniciar o processo. Recompense-o se tudo correr bem, para que da próxima vez também corra bem.



Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
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Piometra em cadelas

O que é a piómetra?

De uma forma simplificada, a piómetra é uma infecção do útero. No entanto, a maioria dos casos de piómetra são mais difíceis de tratar que uma simples infecção.

A infecção da parede do útero ocorre devido a certas modificações hormonais. Após o estro (“cio”), os níveis de progesterona (uma das hormonas envolvidas no ciclo menstrual) permanecem elevados durante 8 a 10 semanas, provocando um espessamento da parede do útero como preparação para a gravidez. Se a gravidez não ocorrer após vários ciclos, a espessura da parede continua a aumentar até que se formam quistos no seu interior. A parede quística espessada produz fluídos que criam o ambiente ideal para o crescimento de bactérias. Além disso, os níveis elevados de progesterona inibem a capacidade de contracção dos músculos da parede do útero, conduzindo à acumulação nociva destes fluídos.

Que outras situações podem causar estas alterações no útero?
A utilização de medicamentos à base de progesterona podem provocar o mesmo fenómeno. Adicionalmente, o estrogénio (outra hormona sexual) aumenta os efeitos da progesterona sobre o útero. Medicamentos que contêm alguma destas hormonas são por vezes usados para tratar certos problemas do sistema reprodutor.

Como é que as bactérias chegam ao útero?
O cérvix é a porta de entrada do útero. Ele está quase sempre fechado, abrindo no estro. Quando está aberto, as bactérias que se encontram normalmente presentes na vagina podem entrar no útero muito facilmente. Se o útero estiver normal, o ambiente é adverso para a sobrevivência das bactérias. No entanto, quando a parede uterina está espessada e quística existem as condições ideais para o crescimento bacteriano. Além disso, quando estas circunstâncias anormais se verificam os músculos do útero não conseguem contrair-se convenientemente. Isto significa que as bactérias que entram no útero não podem ser expulsas.

Quando ocorre?
A piómetra pode ocorrer em cadelas de qualquer idade após o primeiro cio. No entanto é mais comum em cadelas mais velhas. Após vários anos de ciclos éstricos sem gestação começam a ocorrer na parede uterina as alterações que favorecem esta doença. O momento típico para o aparecimento de piómetra ocorre 1 a 2 meses após o estro.

Quais são os sintomas duma cadela com piómetra?
Os sinais clínicos variam consoante o cérvix se encontre fechado ou aberto. Se estiver aberto, o pús acumulado no útero drenará para o exterior, notando-se um corrimento de aparência variável na vagina, na pele e pelo sob a cauda e até nos locais onde a cadela se tenha sentado ou deitado. Podem ainda notar-se febre, letargia, anorexia e depressão.  Se o cérvix estiver fechado o pús que se forma não é drenado para o exterior. Acumula-se no útero, causando distensão abdominal. As bactérias libertam toxinas que são absorvidas para a circulação. Nestes casos, as cadelas normalmente ficam gravemente doentes em pouco tempo. Perdem o apetite e ficam apáticas e deprimidas. Podem ocorrer vómitos e diarreia.  As toxinas bacterianas afectam a capacidade renal de filtrar e reter os fluídos. A produção de urina aumenta e as cadelas bebem água em excesso para compensar as perdas renais. Isto ocorre tanto nas piómetras abertas como nas fechadas.

Como é diagnosticada?
Uma cadela de aparência doente que beba demasiada água e não tenha sido esterilizada é sempre suspeita de sofrer de piómetra. Isto é especialmente válido se o abdómen estiver aumentado ou houver descarga vaginal. As cadelas com piómetra têm uma elevação marcada dos glóbulos brancos e das globulinas (um tipo de proteína produzida pelo sistema imunitário) no sangue. A densidade da urina é muito baixa devido aos efeitos tóxicos das bactérias sobre os rins. No entanto, todas estas alterações podem estar presentes em qualquer animal com uma infecção bacteriana grave.  Se o cérvix estiver fechado pode realizar-se uma radiografia para identificar o útero aumentado. Se o cérvix estiver aberto, o aumento do volume uterino não é normalmente suficiente para que a radiografia seja conclusiva. A realização de uma ecografia é de grande utilidade na identificação de um útero aumentado e na sua distinção de uma gravidez normal.

Como é tratada?
O tratamento de eleição consiste na remoção cirúrgica do útero e dos ovários. Este procedimento chama-se ovario-histerectomia (esterilização). No entanto, a maioria dos pacientes está gravemente doente e a cirurgia não é tão rotineira como numa cadela saudável. Geralmente é necessário estabilizar o paciente através da administração de fluidoterapia intravenosa antes e após a cirurgia. Adicionalmente, é realizada antibioterapia durante 1 a 2 semanas. 

A minha cadela é uma reprodutora valiosa. É possível tratá-la sem a esterilizar?
Existe uma abordagem médica ao tratamento da piómetra. As prostaglandinas são um grupo de hormonas que diminuem os níveis sanguíneos de progesterona, promovem o relaxamento e abertura do cérvix e a contracção do útero de modo a expelir as bactérias e o pús. Podem usar-se para tratar esta doença, mas nem sempre este tratamento é bem sucedido e existem algumas limitações importantes à sua utilização:

1. Causam os seguintes efeitos secundários: agitação, respiração acelerada, náusea, vómito, defecação, salivação e dor abdominal. Estes efeitos manifestam-se cerca de 15 minutos após a injecção e duram algumas horas. Tornam-se progressivamente mais ligeiros com cada injecção subsequente e podem ser reduzidos passeando a cadela durante 30 minutos após a injecção.
2. Não ocorrem melhoras clinicamente relevantes nas primeiras 48 horas e por isso as cadelas que se encontrem severamente doentes são más candidatas a este tratamento.

3. Como provocam a contracção do útero, existe o risco de ruptura da parede uterina e disseminação da infecção para a cavidade abdominal. Isto é particularmente provável quando o cérvix se encontra fechado.

Existem alguns dados estatísticos importantes que deve conhecer acerca desta forma de tratamento:

1. A taxa de sucesso no tratamento de piómetra aberta é de 75-90%.

2. A taxa de sucesso no tratamento de piómetra fechada é de 25-40%.

3. O risco de recidiva da doença é de 50-75%.

4. As hipóteses de sucesso num cruzamento subsequente são de 50-75%.

O que acontece se nenhum dos tratamentos anteriormente descritos for realizado?
As hipóteses de sucesso num tratamento de piómetra sem recurso à cirurgia ou à administração de prostaglandinas são extremamente baixas. Se o tratamento adequado não for realizado rapidamente os efeitos tóxicos bacterianos serão fatais. Se o cérvix estiver fechado é possível ocorrer a ruptura do útero, disseminando-se a infecção à cavidade abdominal e estabelecendo-se uma peritonite. Isto também será fatal.



Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
CRMV RJ - 10774
cel: (21) 9439-2703  e-mail: guapitrufa@hotmail.com

Controle de ectoparasitas: carrapato

A infestação por carrapatos no cão, além de provocar um incômodo muito grande ao animal pela coceira que provoca (reação alérgica), pode causar anemia e transmitir doenças como a Babesiose e a Erlichiose. A anemia no cão pode ocorrer nas grandes infestações, uma vez que o carrapato se alimenta do sangue do animal. Mas não é necessária uma grande quantidade de carrapatos para que a Babesiose ou a Anaplasmose sejam transmitidas.


Às vezes, um ou dois carrapatos que estejam carregando formas infectantes dos protozoários causadores dessas enfermidades são o bastante para que o cão contraia uma dessas doenças.

Assim, o controle do carrapato deve ser constante e qualquer sinal de apatia, febre, falta de apetite e mucosas (gengivas ou conjuntiva) pálidas em cães que costumam ter carrapatos, é motivo de uma visita ao veterinário e um exame de sangue, para detecção da Babesia ou da Erlichia. Elas são tratáveis quando diagnosticadas a tempo.

Mas o que fazer para evitar que o cão pegue carrapatos?

Infelizmente, não há nenhum esquema de tratamento preventivo. Se o cão freqüenta áreas infestadas por carrapatos, ele certamente irá pegá-los. Regiões com vegetação em sítios ou fazendas, são os lugares mais comuns. Porém, existem muitos casos de pessoas que tem problemas com carrapatos dentro de seus canis ou quintais e até em apartamentos. Às vezes, num passeio a uma praça ou parque, o cão pode se infestar.

E como combater o carrapato?
Assim como as pulgas, o carrapato não é um problema só do animal, mas sim do ambiente. O carrapato, em todos os seus estágios de vida (desde larva até adulto), é muito resistente. Combater o carrapato é difícil. Você pode eliminá-lo do cão facilmente com banhos carrapaticidas, porém, o inimigo que você não vê, ou seja, os ovos e larvas, estão no ambiente e nele sobrevivem durante meses. Muitos são os casos de proprietários que vivem combatendo o carrapato no cão, mas nunca conseguem exterminá-lo por completo.
Um outro detalhe é que os carrapatos colocam seus ovos na vegetação e também em frestas das paredes e piso. Dessa forma, todos esses lugares têm que ser tratados e não somente os cães. Quem tem na vizinhança terrenos com mato, criação de animais como cavalos e gado, pode sofrer com os carrapatos, pois esses parasitas são capazes de escalar altos muros em busca de alimento. Se isso estiver ocorrendo, é preciso controlar a infestação também na parte externa.

Um combate eficaz ao carrapato inclui:
No animal:
- banhos carrapaticidas. Quando a infestação é grande, repetir os banhos a cada 15 dias;
- animais de pêlos longos devem ser tosados no verão, época em que o calor e umidade fazem com que a incidência de carrapatos aumente muito;
- produtos carrapaticidas de longa duração, em gotas para aplicação tópica (local) ou spray, podem ser aplicados, a critério do veterinário.

No ambiente:
- uso de carrapaticidas: aplicar nos canis, casinha dos cães, em plantas e canteiros, atentando para frestas nas paredes ou pisos e ralos. O forro da casa não deve ser esquecido. Repetir o tratamento a cada 15 dias;
- em canis de alvenaria, o uso da “vassoura de fogo” é muito eficaz. O calor irá destruir todos os estágios do carrapato. Repetir o tratamento a cada 15 dias; uma opção caseira são aparelhos com jato de vapor d’água fervendo;
- se possível, fechar todas as frestas existentes nos canis ou paredes dos quintais, assim como no piso;
- mude de produto a cada 2 ou 3 aplicações, para que o carrapato não desenvolva resistência e o tratamento passe a ser ineficaz.

Importante:
- filhotes, fêmeas gestantes e gatos não devem ser banhados com produtos carrapaticidas;
- CONSULTE O VETERINÁRIO antes de usar qualquer produto;
- banhos carrapaticidas devem ser dados com o cuidado de não permitir ao animal lamber o produto durante o banho. A ingestão pode causar intoxicação grave;
- animais com ferimentos abertos (feridas ou queimaduras) não devem ser tratados;
- existem carrapaticidas para uso em cães, porém, muitas vezes são recomendados produtos de uso em bovinos e cavalos. AS DOSAGENS SÃO DIFERENTES. Consulte o seu veterinário antes de usar esses produtos;
- retire os animais do ambiente que irá receber o tratamento contra carrapatos até que o produto usado seque completamente.

O combate ao carrapato deve ser intensivo e durante um longo período de tempo. Nos meses mais quentes, a infestação pode voltar e os cuidados devem ser redobrados. Nas áreas em que há carrapatos em qualquer época do ano, o tratamento deve ser constante.


Dr. Alex Alexandria Machado
Médico Veterinário
CRMV RJ - 10774
cel: (21) 9439-2703  e-mail: guapitrufa@hotmail.com